Há palavras que nos beijam Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill, in 'No Reino da Dinamarca'
Este poema foi-me relembrado pela Clara, no dia da poesia... sim, já faz tempo. Guardei-o para uma ocasião especial como esta.
O bolo que trago aqui hoje também está carinhosamente descrito no blog de outra pessoa amante da poesia... a Ilídia
A única alteração que fiz, digamos antes que foi uma omissão, foi na cobertura - não o coloquei a cobertura de chocolate.
Ah! Uma outra coisa, aliás duas: fiz o bolo na boa maneira tradicional, sem a amada Bimby da Ilídia. E, não tive a preciosa ajuda do Manel.
Bolo doce de espinafres
Ingredientes:
6 ovos
3 chávenas de açúcar
3 chávenas de farinha
150 g de espinafres cozidos e moídos (cozi-os a vapor)
1 chávena de leite (por não ter leite no momento,também já fiz com iogurte e ficou bom)
1/2 chávena de óleo vegetal
1 colher de sobremesa de fermento
Preparação:
Cozer os espinafres a vapor e deixar arrefecer.
Separar as gemas das claras e colocar em tigelas diferentes.
Bater as claras em castelo, bem firme.
Numa taça, misturar as gemas com o açúcar, até ficar num creme amarelo pálido.
Num recipiente juntar o leite, o óleo e os espinafres e triturar tudo com a varinha mágica.
Juntar este preparado às gemas e ao açúcar que acabámos de mexer e envolver tudo.
Adicionar a farinha e o fermento e, depois de bem incorporada, juntar as claras em castelo, incorporando suavemente.
Untar uma forma de buraco, com manteiga, e polvilhei-a com farinha.
Colocar a massa na forma e levá-la ao forno, previamente aquecido
Deixei cozer cerca de 40 minutos.
Para confirmar a cozedura, fiz o teste do palito: quando este saiu seco, retirei o bolo do forno.
Não fiz a cobertura de chocolate, mas aqui está a que retirei do blog Acre e Doce (a recita é para utilizar uma Bimby, mas também pode ser feita de forma tradicional)
Cobertura:
40 g de margarina
70 g de açúcar
40 g de chocolate em pó
40 g de leite
Coloquei todos os ingredientes no copo e programei 8 minutos/ varoma/ velocidade 2.
Ficou lindo, com uma cor tão bonita :) É sempre surpreendente, este bolo. Também há uma versão com agrião, que ainda não experimentei. Atreves-te primeiro? ;)
ResponderEliminarUm bom fim de semana.
Ilídia
PS: Quanto ao poema de O'Neill, belíssimo. Dos meus preferidos.
Que lindo bolo, Mané! Adorei a cor! Ficou fantástico! Também quero experimentar!
ResponderEliminarMuito obrigada pela receita tão original e diferente!
Beijinhos
Lembro-me tão bem desse bolo da Ilídia, adoro bolos com legumes e vegetais.
ResponderEliminarE essa cor verde, fica linda, a mim dá vontade de comer sem culpas.
Um beijinho.
Que bolo com uma cor tão bonita !!!!
ResponderEliminarbjns