Uma das coisas suaves que me aconteceram, desde que tenho este cantinho, foi descobrir o Sabor com Letras. Não sei muito bem como fui ali parar mas aconteceu. Depois dei comigo a conversar com a blogueira e a traduzir brasileiro/português/brasileiro.
Uma das muitas coisa que já aprendi com a Adriana foi a diferença entre as natas em Portugal e as natas do Brasil J. A Adriana concluiu, para me tranquilizar, depois de uma didáctica explicação:
“... então sempre que tiver creme de leite em minhas receitas... pode usar suas natas aí..”
O seu mail chegou nas vésperas de eu preparar algo para o intervalo do café por isso os “Biscoitos de nata para cultivar amizades” pareceram-me muito apropriados.
Verifiquei a lista dos ingredientes necessários e abri o frigorífico. Não podia acreditar, depois de toda a explicação da Adriana eu não tinha natas!!!
Mas… tinha uma embalagem de “creme fraîche” quase a chegar ao “terminus”!
Será que deveria desistir?! Não, não iria desistir. O café tinha de ser partilhado e os gestos de amizade estavam nestes biscoitos, aliás a Adriana terminava a sua receita, na preparação, com uma última dica:
“Alimente suas relações com boas miudezas, convide amigos para um café com biscoitinhos de nata regado à boa prosa. A vida é boa quando dividida.”
Alexandre O’Neill, in No Reino da Dinamarca, disse:
Amigo
Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.
«Amigo» é a solidão derrotada!
«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!
Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.
«Amigo» é a solidão derrotada!
«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!
· 2 chávenas de amido de milho
· 1 chávena de farinha de trigo
· 1 chávena de açúcar
· 1 chávena de nata (utilizei “creme fraîche”)
· 2 colheres de sopa de manteiga sem sal
· 1 colher de chá de açúcar baunilhado
· 1 colher de sopa de fermento em pó
Preparação:
- Num recipiente coloque todos os ingredientes e amasse bem.
- A massa deverá ficar macia e não ficar pegada às mâos. Caso precise, acrescente aos poucos mais maisena ou farinha.
- Molde os biscoitos no formato que gostar. Coloque os numa forma untada e polvilhada de farinha.
- Leve ao forno, baixo, pré-aquecido, 200º C
Nota: Pode variar o sabor, acrescentado raspas de laranja ou limão à massa, conforme sugestão, eu acrescentei raspa de limão e todos gostaram