A decisão de aceitar a sugestão da Carla , neste projecto da Ana, passa também pelo facto de saber que o autor contemporâneo que "convidei para jantar" gostava de passar por Portugal, onde, para além de saborear a companhia de amigos, também recarregava baterias num dos seus hobbies prediletos, a observação de aves
imagem da internet |
Conheci John Stott no
Grupo universitário que
frequentava, todos o liam e o comentavam.
No entanto, eu não tinha a noção do número de livros que já tinha escrito, na presente data muito perto dos cinquenta, nem tinha
lido nenhum dos seus inúmeros artigos e, muito menos, que ia ser referenciado, em
2005, pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.
O que me levou até John Stott, não foi o facto de ele
ter sido mencionado várias vezes na revista Time, no Telegraph, ou em qualquer outra imprensa da
actualidade ou até mesmo o facto de ter ser condecorado pela Rainha Isabel II. O que me levou até Stott foi o estimulo que me provocava as suas observações e, sem sobra de dúvida, também a sua
figura simples e afável, característica que por norma encerram todas as pessoas que possuem
uma enorme inteligência e uma riqueza interior fascinante.
Comecei a ler os seus livros por um título, também ele apelativo: “Crer é também pensar”. Em determinado ponto deste livro
pode ler-se:
“fé não é credulidade…ser crédulo é ser ingénuo, completamente desprovido de qualquer critica, sem discernimento, até mesmo irracional… …é um grande erro supor que fé e a razão são incompatíveis. A fé e a visão são postas em oposição, uma à outra, nas Escrituras, mas nunca a fé e a razão. Pelo contrário, a fé verdadeira é essencialmente racional, porque se baseia no carácter e nas promessas de Deus.
…Fé não é optimismo. Fé é uma confiança racional, uma confiança que, em profunda reflexão e certeza conta com o facto de que Deus é digno de todo o crédito.
…Assim, pois, a fé e o pensamento caminham juntos, e é impossível crer sem pensar. CRER É TAMBÉM PENSAR”. (sic)
Poderia continuar a partilhar convosco um pouco mais. Mas, opto por vos deixar aqui a oportunidade de, caso não conheçam, descobrirem John Stott... quem sabe se não se sentem tentados a ir até Londres e a visitarem o Instituto que fundou e de que foi presidente...
Para este jantar um licor
especial:
Licor de Poejo
- Poejo
- 1litro de aguardente (boa qualidade)
- 1 Kg açúcar
- 1 litro de água
- Tempo (o ingrediente mais importante para o sucesso J)
Preparação:
- Deixar o poejo secar durante 2 ou 3 meses
- Cortar aos pedaços e deixar em infusão em aguardente (não encher totalmente o frasco). O tempo de efusão é sensivelmente dois meses (num local sem luz)
- Levar a água e o açúcar ao lume e deixar ferver até fazer bolhinhas e espuma à tona
- Retire do lume e deixe arrefecer
- Quando estiver completamente frio, deite a infusão de aguardente e poejo, previamente coada
- Provar...se achar que está muito forte...pode juntar mais a água e açúcar (depois de preparado como se refere em 3).
Nota:
Este magnifico Licor só foi possível graças a duas colegas minhas:
a) Celeste Miguel, que partilhou a receita da sogra;
b) Custódia Soares que, num dos seus fins de semana por terras Alentejanas (Safara) colheu o poejo indispensável
A ambas o meu obrigada JJ
Mané, este licor está encantador :D
ResponderEliminarUm grande beijinho
Mané,
ResponderEliminarMais um autor desconhecido para mim e mais uma vontade imensa em conhecer. O excerto que retiras da obra de john Stott fez-me reflectir. Veio de encontro ao meu entendimento intimo da fé e da razão. Para mim fé e razão nunca foram incompatíveis e sempre tive alguma dificuldade em lidar com o pensamento de quem as vê em oposição e este meu entendimento e esta minha dificuldade foram-se afirmando ao longo da minha experiência na comunidade católica, mas este era um tema que dava para grandes conversas, por isso deixo apenas ficar a minha alegria por teres participado de forma tão enriquecedora nesta edição do CPJ. Ah...e o licor que deve ter ficado tão bom. Já guardei a receita.
Beijinhos
Confesso que desconhecia este escritor Mané, mas fizeste aqui uma belíssima homenagem. E obrigado por o dares a conhecer.
ResponderEliminarO excerto faz-nos pensar... e crer é também pensar.
Um licor bem delicioso, para degustar e deliciar.
Um beijinho.
uiui deve ser ca uma delicia eu gosto mt de licores esse me parece ser uma maravilha bjs
ResponderEliminarSelene querida! Para mim é novidade licor de poejo, sempre tomei chá, tenho em minha horta, inclusive. Ótima dica.
ResponderEliminarBeijos
Ana Claudia
www.anaclaudianacozinha.blogspot.com.br
Não conheço o senhor mas concordo com ele em relação à fé :) É isso mesmo! Este licor é excelente!
ResponderEliminarJá há algum tempo que procuro esta receita. Vou guardar.
ResponderEliminarObrigado
Um abraço
Lisboa 23 de Junho de 2013
ResponderEliminarEsta receita de Licor de Poejos é realmente fantástica.Já a faço há muitos anos.Confirmo.
Lembro só, que quando estiver "gripada" ou com dores de garganta, aquecer um pouco de leite, e já fora do lume, juntar um pouco de mel e uma colher (sopa) do licor.Beber ao
deitar.
Tenho de experimentar. As que já fiz, não gostei...
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