Confesso que quero tapar os ouvidos perante os relatos das praxes, talvez porque passo todos os dias pelas faculdades e sempre me interroguei sobre a alegria em tais práticas, que se prolongam até quase a um fim do ano letivo!!
Tenho evitado ler, incomoda-me muito, mas cruzei-me com o texto de uma amiga, no FB; e pedi-lhe autorização para o publicar aqui. Ela, a Célia, deu um título ao seu clamor, eu sublinharia uma parte, desse mesmo texto:
"... tarde demais, também, para todos nós, se não percebermos que tipo de crianças estamos a criar, inteligentes, capazes intelectualmente, mas desprovidas de valores, amor pelos outro... ... ... Mais grave: estes jovens, por serem os mais capacitados academicamente, ocuparão um dia lugares de destaque e liderança, serão políticos, médicos, juízes, farão leis e tomarão medidas"(sic)
“Com um nó na garganta”
À medida que se vão conhecendo os detalhes da tragédia do Meco, vou confirmando a ideia de que nada é tão perigoso como a eficácia sem valores.Uma boa parte dos estudantes que hoje frequentam as nossas universidades investem a fase final da sua adolescência (essa espécie de 2ª oportunidade que a vida nos dá) quase exclusivamente na sua formação académica, deteriorando e desvalorizando todas as outras, incentivados por uma sociedade que continua a ver um curso superior como o comprovativo de que tudo correu bem e que nada mais é preciso para se ser gente.A mim, que tive o privilégio de tirar um curso numa época em que tal ainda era para uma minoria, a universidade deu-me algumas ferramentas que ajudaram a construir o meu percurso profissional; mas que pobreza de ser e estar tão grande, se lá tivesse chegado apenas com base em saberes livrescos e notas altas! E que maior miséria seria ainda se, ao sair, apenas tivesse acumulado saber sobre saber, sem perceber nada sobre o mundo, os outros e, sobretudo, sobre mim própria.Os próximos dias trarão debates sem fim sobre a questão das praxes (quiçá um “Prós e Contras sobre o assunto); estou em crer que até as autoridades máximas dirão qualquer coisinha sobre o assunto. Como sempre, discutir-se-á o lado mais cómodo da coisa e também o mais fácil de resolver: o da forma; o que é razoável e o que não é. Tarde demais, para os jovens que morreram e as famílias para quem a vida nunca mais será a mesma, vítimas da dor inultrapassável de perder um filho. A morte assume apenas uma forma e nada tem de razoável. Mas tarde demais, também, para todos nós, se não percebermos que tipo de crianças estamos a criar, inteligentes, capazes intelectualmente, mas desprovidas de valores, amor pelos outros, bom senso, sentido de responsabilidade e consciência do seu lugar insubstituível na História. Mais grave: estes jovens, por serem os mais capacitados academicamente, ocuparão um dia lugares de destaque e liderança, serão políticos, médicos, juízes, farão leis e tomarão medidas. Quem aos 20 anos ainda não percebeu que há riscos que não se correm, dificilmente o fará 4 anos mais tarde, ao entrar no mercado de trabalho; e quem tira prazer do espetáculo da dor e humilhação alheias, tem problemas pessoais graves. O uso abusivo do poder é sempre sinal, ou de muita insegurança camuflada ou imbecilidade pura. Os grandes imbecis da História possuem sempre inteligência brilhante e capacidade de criar estratégias altamente eficazes para resolução dos problemas. Alguém quer ir por aí?A mim, que tive o privilégio de tirar um curso numa época em que tal ainda era para uma minoria, a universidade deu-me algumas ferramentas que ajudaram a construir o meu percurso profissional; mas que pobreza de ser e estar tão grande, se lá tivesse chegado apenas com base em saberes livrescos e notas altas! E que maior miséria seria ainda se, ao sair, apenas tivesse acumulado saber sobre saber, sem perceber nada sobre o mundo, os outros e, sobretudo, sobre mim própria.Os próximos dias trarão debates sem fim sobre a questão das praxes (quiçá um “Prós e Contras sobre o assunto); estou em crer que até as autoridades máximas dirão qualquer coisinha sobre o assunto. Como sempre, discutir-se-á o lado mais cómodo da coisa e também o mais fácil de resolver: o da forma; o que é razoável e o que não é. Tarde demais, para os jovens que morreram e as famílias para quem a vida nunca mais será a mesma, vítimas da dor inultrapassável de perder um filho. A morte assume apenas uma forma e nada tem de razoável. Mas tarde demais, também, para todos nós, se não percebermos que tipo de crianças estamos a criar, inteligentes, capazes intelectualmente, mas desprovidas de valores, amor pelos outros, bom senso, sentido de responsabilidade e consciência do seu lugar insubstituível na História. Mais grave: estes jovens, por serem os mais capacitados academicamente, ocuparão um dia lugares de destaque e liderança, serão políticos, médicos, juízes, farão leis e tomarão medidas. Quem aos 20 anos ainda não percebeu que há riscos que não se correm, dificilmente o fará 4 anos mais tarde, ao entrar no mercado de trabalho; e quem tira prazer do espetáculo da dor e humilhação alheias, tem problemas pessoais graves. O uso abusivo do poder é sempre sinal, ou de muita insegurança camuflada ou imbecilidade pura. Os grandes imbecis da História possuem sempre inteligência brilhante e capacidade de criar estratégias altamente eficazes para resolução dos problemas. Alguém quer ir por aí?Texto de Célia Costa
Frango com bacon e vinho branco
inspiração: Na cozinha com Nigella
ingredientes:
(4 pessoas)
- 1 colher de chá de azeite de alho - utilizei azeite simples e juntei alho esmagado
- 4 fatias de bacon entremeado
- 4 escalopes de frango (+/-125g/cada)
- 100 ml de vinho branco
preparação:
- Ponha o azeite numa frigideira e junte o bacon
- Frite o bacon até estar crocante e a frigideira a ficar com o molho. Retire o bacon para papel de alumínio, embrulhe-o e reserve durante algum tempo.
- Frite o frango durante dois minutos de cada lado, até não haver sangue qdo cortar um pedaço. Certifique-se de que a frigideira está está quente para que os bifes fiquem dourados.
- Retire o frango para uma travessa e, rapidamente, parta o bacon que reservou para uma frigideira, junte o vinho, deixe ferver e por fim verta sobre os bifes de frango