Doce de morangos com coentros e laranja

Estou com um grave, gravíssimo,  problema:  este doce é uma tentaçãoJ J

A Moira  obriga-me a cometer o pecado da gula LL….. o que vale é que a quantidade dos  ingredientes dão apenas para:

Mas….. aqui para nós, que ninguém nos ouve, estou a pensar em fazer mais….até porque os meus amigos têm de provar esta autêntica  delícia J J J..
…..
Entre o tempo que medeia  as primeira linhas e as que escrevo agora, confesso que já tripliquei as quantidades e já partilhei dois frasquinhos desta pequena grande delicia. O agendamento deste  post também vai ser  antecipado, já que no país da Adriana é inverno, mas também é época de morangos.
Depois disto, a Moira só pode estar perdoada, por ter descoberta esta receita e por a partilhar connosco J J J.
Preparemos umas tostinhas e saboreemos….


Mas, como sei que a Adriana gosta de poesia  resolvi presenteá-la não só com a receita, que tão entusiasticamente me pediu,  mas também com um poema de Jorge de Sena, lido por Diogo Infante, cujo video me chegou através da minha amiga Lena.

Doce de morangos com coentros e laranja
Ingredientes:
·    350 g de morangos lavados e sem pé
·    200 g de açúcar
·    casca de meia laranja pequena
·    sumo de meia laranja pequena
·    1 pitada de sementes de coentros em pó (a ponta de uma colher de café) – utilizei sementes
·    3 folhas de coentros

Preparação:

Colocar todos os ingredientes num tacho, excepto as folhas de coentros,  e deixar macerar por um par de horas.

Ao fim desse tempo, levar ao lume e, quando levantar fervura, baixar o lume e deixar fervilhar por cerca de meia hora, ou até o doce atingir o ponto desejado.

Antes de apagar, o lume acrescente as folhinhas de coentros e mexa para aromatizar. Não esquecer de escaldar o frasco onde vai guardar o doce e tapá-lo de imediato.

Bolo de cerveja ao chocolate

Um bolo com cerveja?!!

Uma cerveja com chocolate?!!

Poderia ser uma receita do livro  de Margarida Pereira-Műller, mas na realidade já tinha esta receita na minha lista dos “a fazer” quando estive na Fnac, no lançamento do livro “receitas com cerveja”.

Quando recebi a “apetece”, nº 20 de Maio de 2011, fiquei retida na receita que me pareceu duplamente bizarra, uma receita de um bolo com cerveja, cerveja com chocolate!

Vamos lá testar:

ingredientes:
250g de manteiga
300g de açúcar amarelo
4 ovos
1 garrafa de 33cl de cerveja com chocolate
300g de farinha
50 gramas de maizena
1 colher de chá de bicarbonato
1 colher de chá de fermento
50g de pepitas de chocolate branco
açúcar em pó (para a cobertura)

Preparação
Bater a manteiga com o açúcar até obter um creme, juntar os ovos, um a um, mexendo sempre.
Juntar a cerveja.
Juntar a maizena, a farinha, o bicarbonato e fermento ao preparado, mexer muito bem até tudo estar ligado.
Colocar o preparado no forno, retirar após uma hora, sensivelmente. Polvilhar com o açúcar em pó.

o chouriço de carne de Tremês

Um saco de plástico branco, opaco, é colocado no espaço que medeia as nossas duas cadeiras e um tímido sorriso,  em jeito de pedido de desculpas,  chegou até mim. Sorri, e tentei seguir o que estava a ser dito pelo professor, na sala….

Ao tentar encontrar um lápis no estojo, a Eunice volta a sorrir e aponta para o nariz referindo o odor que sai, teimosamente, do saco…retribuo o sorriso e continuo a ouvir o que cada um refere, quando interpelado pelo professor…
Já no fim, quando íamos para o café, a Eunice esclarece:
- Isto é para ti, fui a Tremês. Desculpa cheira um bocado…..
A Eunice já me tinha falado do seu talho de eleição, era lá que comprava toda a carne e que o chouricinho era uma autêntica delícia. Estava longe de imaginar que me ia oferecer um, mas ela gosta de mimar os amigos.
Cheguei a casa e anunciei:
- Ofereceram-me um chouriço!  -  desembrulhei… tirei um saco, outro e ainda outro, depois, envolto num papel, apareceu o famoso chouriço que perfumou a sala toda…

Pensei, de imediato, o que fazer e, a este Junho onde o Verão continua a rondar com timidez, resolvi dar-lhe uma entrada apelativa:
"Ingredientes”:
  • 1 Chouriço (de Tremês);
  • 1 assadeira de barro;
  • Álcool
  • Fósforo

Preparação:
Coloca-se o álcool dentro da assadeira, o chouriço por cima e larga-se o fogo…
depois….depois é ficar a ver a chama a dourar, o lume a brincar à volta da carne, a espevitar, cada vez que a gordura o atiça, fazendo o cheirinho  invadir o ambiente….


O que leva o capuchinho vermelho no cesto, para a avozinha?

Soube agora e hoje é o último dia!!
Tenho de ir a correr para espreitar o que é que o capuchinho vermelho leva para a avozinha. Eu sei que ela está a cantarolar, portanto, decerto, já tem excelentes iguarias mas será que têm panadinhos de pescada?
Vou espreitar……

 
Ingredientes:
·         1 embalagem de filetes de pescada congelada
·         1 limão
·         qb leite
·         3 dentes de alho
·         1 folha de louro
·         dbsal
·         1 ovo
·         pão ralado (utilizei o que tem adicionado alho e salsa)
·         Óleo, para fritar 


Preparação: 
Retira-se os filetes de pescada da embalagem, corta-se às postas e coloca-se num prato fundo e junta-se todos os ingredientes mencionados, o alho é picadinho, com excepção do pão ralado e do ovo. Deixa-se a marinar durante 2 a 3 horas.
Em dois pratos separados coloca-se o ovo, batido, e o pão ralado.
Passa-se os filetes, primeiro pelo ovo depois pelo pão ralado, e leva-se a fritar.
Acompanha-se com salada ou arroz a gosto

Tarte de Bry


Gosto bastante de requeijão e já tinha na minha lista dos "a fazer" esta tarte que tinha encontrado aqui, por isso, como tinha visitas resolvi fazê-la, embora não tivesse açafrão em casa.

ingredientes:
  • uma base de massa quebrada;
  • 3 ovos;
  • 1embalagem de requeijão (200g, utilizei o de Seia)
  • 1/4 colher de chá de gengibre em pó;
  • 1/4 colher de chá de açafrão (não coloquei)
  • 1/4 chávena de açúcar;
Preparação:

Esmagar o requeijão com um garfo e juntar e juntar os ovos depois de batidos com o açúcar.
Colocar este preparado por cima da massa quebrada e levar ao forno durante, sensivelmente, meia hora.

A maioria dos presentes gostou mas....não fica na minha lista dos "a repetir  com urgência"

Douradas com endro e limão

Normalmente, a dourada não faz parte da mesa cá de casa, mas vi uma receita que me inspirou e não resisti a colocar em prática, só que fiz algumas alterações.

Ingredientes
2 douradas
1 limão grande
qb cebolinhas pequenas (opcional, mas fica muito bom)
1 cebola grande
qb azeite
qb endro
qb sal
qb pimenta preta

Preparação
Colocar uma camada de rodelas finas de cebolas no fundo do tabuleiro.
Depois do peixe devidamente limpo colocar o peixe em cima da cebola, cortar o limão em meias luas e colocar dentro das barrigas e por cima.
Polvilhar as douradas com endro, sal, pimenta preta e adicionar, ainda, sumo de limão.
Regar com azeite, levar ao forno com cebolinhas pequeninas à volta (tempo médio no forno 30min)

Sardinhas ao sal

Assar sardinhas num apartamento não é propriamente uma tarefa agradável, temos de contar com, pelo menos, um bom par de semanas para nos livramos do cheiro. Mas os Santos Populares não têm o mesmo sabor sem uma bela sardinha…
blog: melro azul

Por este motivo quando vi  na “Sabe bem faz bem!” nº 1, Maio-Junho,  esta receita decidi experimentar, com sardinhas nunca tinha feito.



Ingredientes
  • 6 sardinhas
  • 1Kg de sal marinho

Preparação
1.       Forrar um tabuleiro com papel de alumínio e cobrir com sal.
2.       Colocar as sardinhas e cobri-las, completamente, com sal
3.       Vai ao forno durante 8 a 10 minutos

Servir com salada a gosto

Pudim de requeijão

A primeira vez que vi a receita deste pudim foi quando visitei um dos meus blogs de eleição, e fi-lo para um dos aniversários cá de casa, todos se deliciaram.
é realmente muito bom este pudim. Não gostariam de experimentar?
Aqui está como se faz:

ingredientes:
  • 400g de requeijão (utilizo o de Seia);
  • 6 ovos;
  • 1 lata de leite condensado;
  • 200ml de natas frescas;
  • 50 gr açúcar;
  • qb raspa de limão;
  • caramelo, para forrar a forma

Preparação:

Bate-se, muito bem, os ovos com o açúcar, até duplicar o volume.
Coloca-se os restantes ingredientes num recipiente e, se não tiver liquidificador, bater muito bem com a varinha mágica, até obter uma massa homogénea.
Junta-se os dois preparados e envolver bem.
Untar uma forma com caramelo e verter o preparado para dentro da forma.
Levar, ao forno, a cozer em banho maria durante uma hora, sensivelmente (utilize a técnica do palito, se tiver dúvidas quanto à cozedura).
Deixar arrefecer e só depois desenformar.

Há uma amiga minha que gosta, bastante, de pudins e, embora seja uma boa cozinheira, tem aversão  ao "banho maria" por isso, com um simpático cartão, foi este doce que resolvi oferecer-lhe

o que faço com duas bolinhas de mozarela de búfala?

Finalmente tínhamos encontrado um tempo para juntas, eu e a Margarida, irmos tratar da avaria da minha 500D. A máquina, que substitui a minha anterior Canon, de velhinho filme e que ainda está na garantia mas não fazia focagem automática, função quase que imprescindível para quem é amador, como eu. E nestas coisas sempre é mais sensato ir com alguém que entende, e a Margarida está a estudar fotografia.

Já no espaço comercial  resolvi lançar-lhe um desafio:
- Queres ir lá a casa almoçar? A tia vai gostar de ter ver…
- Ok, deixa-me só fazer alguns telefonemas e, em principio, aceito.
Mentalmente comecei a organizar o almoço e, para entrada, lembrei-me que tinha morangos!
Eis a oportunidade de experimentar a receita que tinha visto na Moira, não tinha a receita de cor, lembrava-me da foto, da cor dos morangos, do contraste que o manjericão imprimia às cores e tinha a certeza que tinha o queijo mozarela.
- Onde posso encontrar o mozarela?
- No último corredor, perto dos frescos….
Estava cansada, não me apetecia fazer o caminho inverso….a empregada percebeu e sugeriu:
- …também pode comprar naquele balcão, vende-se à unidade.
O meu rosto entregou-lhe um sorriso de agradecimento…. E dirigi-me ao balcão indicado. Mais uma vez encontrei uma empregada simpática que percebeu a minha intenção e acondicionou, em soro, duas bolinhas de queijo…..
Já na caixa, o telefone da Margarida tocou….. já não podia ir almoçar connosco…..
E agora que faço com duas bolinhas de mozarela de búfala?
O resultado foi visivelmente tentador e o paladar também …
No entanto, não fiz exactamente igual ao da Moira,
Fica aqui a receita, desta entrada, que vai fazer crescer água na boca da Margarida
ingredientes:

          ·    2 bolinhas de mozarela de búfula
·    2 morangos
·    folhas de manjericão
·    2 colheres de chá de mel líquido
·    1 colher de chá de vinagre  balsamico, de laranja;
·    sal e pimenta moída no momento

preparação:

Escorrer o mozarela e cortá-lo ao meio no sentido do comprimento, lavar os morangos e colocar o meio morango por cima de cada fatia de mozarela, temperar com sal e pimenta moída no momento, regar com o mel previamente misturado com o vinagre, decorar com o manjericão.

Nota: ao fazer as pesquisa para os links deparei-me com este artigo

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Memórias em tempo de eleições…

Não, não me venham dizer que nêsperas são aqueles frutos  que vejo no supermercado!
Para mim, nêsperas não estão nas lojas e muito menos  nos supermercados!
Para mim, nêsperas estão nas árvores e comem-se junto delas… para mim, as nêsperas que como têm de ter sido aprovadas, em primeiro lugar, pelos pássaros.
Lembro-me, na minha infância, do tempo de férias em que ia até casa da minha tia Adelaide e, com as minhas primas, subíamos às nespereiras para saborear um fruto pequenino, cor-de-laranja, salpicado de castanho… quando descíamos das árvores, o chão à volta estava salpicado de caroços saltitantes… lembro-me, ainda, do concurso de caroços e sinto o cheirinho deste fruto docinho.
Para mim, decididamente, as nêsperas são estas só!

E… mesmo quando já não subo às árvores… continuo a aplicar a técnica que aprendi com o meu pai: premir os caroços entre os dedos, semicerrar os olhos  focalizando um alvo, deixar voar o caroço  verificando, de seguida, se aquele foi  atingido  (no uso desta técnica, o meu pai ganhava-me sempre… os seus caroços chegavam mais longe…).
Mas hoje é dia de eleições…                   

NEVOEIRO
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
define com perfil e ser
este fulgor baço da terra
que é Portugal a entristecer –

brilho sem luz e sem arder,
como o que o fogo-fátuo encerra
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ância distante perto chora?)

Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a Hora

poema: Fernando Pessoa
interpretação:Gal Costa
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